segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Saudade


Que saudades sinto
Do teu amor
Que não tem volta!
Ao passar pela porta
Estampado num retrato
Tu estás, congelado
Pelo tempo.
Só assim, para reviver
Eu me lembro.
Como eram infinitas
As tardes nubladas
Azuis transformadas
Pela nossa luz.
E agora permanecem
Cinzas, essas tardes
Ranzinzas!
Essa minha cruz!
Quando me afogo
Na lembrança de sua tez
Teus traços precisos...
Quem dera meu riso
Ser eterno outra vez!


(Autoria própria)